segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Gravidade (Gravity, 2013 – Alfonso Cuarón)


Sem data de estréia no Brasil
Estreia nos EUA em: 18/10/2013


Este filme é um grande enigma para 2013. Por um lado podemos dizer que tem tudo para ser um bom filme. Tem um elenco de dois atores, mas dois atores de peso, Sandra Bullock e George Clooney. Por outro, a sinopse do filme nos faz imaginar um filme próximo a 2001: Uma Odisséia no Espaço, apenas duas pessoas resolvendo problemas, e sabe-se que este tipo de filme só deu certo em duas ocasiões: o já citado 2001 e no russo Solaris (cuja refilmagem hollywoodiana com o próprio Clooney é péssima). Tudo depende do foco do filme. Pode ser um romance, pode ser um suspense, pode ser uma ópera espacial com grande trilha sonora e efeitos especiais incríveis, mas não é um tipo de filme fácil de ser feito.


Sinopse: Bullock faz o papel de Dra. Ryan Stone, uma brilhante engenheira biomédica em sua primeira missão espacial, comandada pelo veterano astronauta Matt Kowalsky (Clooney), que está em sua última missão antes da aposentadoria. Em uma missão, aparentemente tranquila é que um desastre acontece. O ônibus espacial é destruído, deixando Stone e Kowalsky completamente sozinhos, agarrados apenas um no outro, girando no escuro espaço.

O silêncio mostra que eles não têm contato com a Terra... e nem chance de resgate. Quando o medo se torna pânico, cada respiração lhes toma o pouco oxigênio que resta.
O único caminho restante, talvez seja ir além, na imensidão espacial.


O diretor, Alfonso Cuarón: o grande filme deste diretor mexicano foi Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, o que já conta pontos negativos, tendo em vista que são raros bons diretores em franquias de oito filmes. Depois dele, Filhos da Esperança, uma ficção sobre a extinção dos seres humanos não é um filme tão memorável. Gravidade é um filme que pode ser uma obra prima ou um desastre monumental para o diretor. Em 2013 saberemos.


Atores: Na maior parte do filme, apenas dois atores irão contracenar, Sandra Bullock e George Clooney. Ambos são atores indiscutíveis. Astros reconhecidos, vencedores do Oscar, só nos resta saber se terão química suficiente para prender o expectador durante duas horas.


Orçamento: $80.000.000,00


Expectativa: Um filme que vale a pena de se ver, mas não crie grandes expectativas. A sinopse é fraca, o trailer é ruim, mas Clooney e Bullock têm crédito para levar muita gente ao cinema.

Veja o (péssimo) trailer:



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Star Trek: Além da Escuridão (Star Trek: Into Darkness, 2013 – J.J. Abrams)

Estréia no Brasil: 26 de julho de 2013.

Um dos filmes mais aguardados do ano. Após o reboot da franquia que já havia rendido dez filmes longa metragem e cinco séries de TV, Star Trek deixou de ser um filme para adultos e tornou-se, pela primeira vez, uma franquia para todas as idades com mais orçamento do que fãs. Quem assistiu ao Star Trek de 2009 e já havia assistido à série antes achou ultrajante a destruição de um planeta muito amado por nós. Quem não havia assistido pouco se importou e acompanhou um filme bem feito, bem filmado e bem humorado. A ansiedade pelo dois deve-se principalmente ao chamado “efeito Cavaleiro das Trevas”. Depois do sucesso do segundo filme Batman de Christopher Nolan, os cineastas perceberam que uma boa apresentação do personagem no primeiro filme leva a um segundo filme mais intenso. Além disso, Nolan optou por colocar o arquinimigo de seu herói no segundo filme, não no primeiro, fazendo assim com que o filme fosse mais aguardado. Abrams copia (em partes) o modelo. Já se sabe que o filme não trará uma apresentação dos personagens principais. Quem será apresentado é o vilão vivido por Benedict Cumberbatch (o ator principal de série Sherlock), um excelente ator, que mesmo no trailer parece ser perfeito para o papel. Dessa forma, aguardamos para acompanhar um filme que promete muito para 2013. 

Sinopse: Em 2013, o pioneiro diretor J.J. Abrams apresentará um filme explosivo levará Star Trek para Além da Escuridão
Quando a tripulação da Enterprise é chamada de volta para casa, eles descobrem que uma terrível força de terror destruiu a frota e tudo o que ela significava, deixando nosso mundo em estado de crise. 
Com questões pessoais a resolver, Capitão Kirk lidera uma caçada em um território em guerra para capturar a arma de destruição em massa de usada por um homem. Enquanto nossos heróis são colocados em um épico jogo de xadrez, no qual estão valendo vida e morte, o amor será desafiado, amizades serão desfeitas e sacrifícios serão feitos pela única família que Kirk ainda tem: sua tripulação. 

O diretor, J.J. Abrams: Este será o quarto longa metragem de Abrams. Diretor do normal Missão Impossível 3 e dos excelentes Star Trek e Super 8 Abrams tem se tornado um dos diretores mais respeitados do cinema, mas não sozinho. Junto aos roteiristas Roberto Orci, Alex Kurtzman (Roteiristas de Tranformers) e Damon Lindelof (Roteirista de Cowboys e Aliens e Prometheus), ele produziu séries como Fringe e Lost, e o bom filme Missão Impossível IV: Protocolo Fantasma. Além deles, Abrams tem, constantemente trabalhado com o compositor Michael Giacchino, vencedor do Oscar do Up – Altas Aventuras. Por seu estilo, e pela equipe que o cerca, qualquer filme deste diretor merece ser aguardado. 

Atores: Voltam os atores do primeiro filme. Antes de Star Trek, dizíamos que Chris Pine era praticamente um desconhecido. Agora dizemos que ele é conhecido por Star Trek. Zachary Quinto, o Spock, continua sendo, até hoje, o Sylar de Heroes. Dos heróis, os grandes nomes do elenco são coadjuvantes. Karl Urban que esteve em Dredd, Padre e Red – Aposentados e Perigosos volta como o Dr. McCoy, Zöe Saldana que tem pelo menos mais três filme a serem lançados em 2013, volta a viver Uhura e o inigualável Simon Pegg (Paul – O Alien Fugitivo, As Aventuras de Tintim, entre outros) volta como Scotty. O ator que todos aguardam, porém, é Benedict Cumberbatch, astro da excelente série Sherlock, que há algum tempo tem atraído olhares de Hollywood. 

Orçamento: $250.000.000,00 

Expectativa: Espera-se muito de Star Trek: Além da Escuridão. O primeiro filme foi uma apresentação dos personagens em duas horas. Este filme será o desenvolvimento da história. O sinopse prevê guerras, o trailer mostra grandes cenas de ação. Neste momento, o filme parece ser perfeito. Valerá à pena avaliar no cinema a realidade.

Veja o trailer legendado:

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A Viagem (Cloud Atlas, 2013 - Andy Wachowski, Lana Wachowski e Tom Tykwer)

Estreia dia 11 de janeiro de 2013.




O novo filme dos irmão Wachowski (Matrix) e de Tom Tywer (Corra, Lola, Corra), com um elenco com vários atores ganhadores do Oscar e quase três horas de duração, A Viagem talvez tenha sido um dos filmes mais aguardados de 2012. Chegou aos cinemas estadunidenses em outubro e chaga ao Brasil somente no dia 11 de Janeiro, e já vem dos States com fama de filme confuso, apesar de extremamente bem produzido. Elegível para o Globo de Ouro, foi indicado apenas em Melhor Trilha Sonora. Para o Oscar, provavelmente conseguirá três ou quatro indicações em categorias técnicas. Pelas críticas de sites como o Rotten Tomatoes e da revista The New Yorker, o filme não é bom. Mas caberá a nós assisti-lo e avaliar se este é mais um daqueles filmes que foram injustiçados pela crítica e estão fadados a se tornarem cults, ou se o filme de fato não merece nossa atenção mais do que durante três horas. 


Sinopse: “O filme explora como a ação de indíviduos vivos impactam nas vidas de outros no passado, presente e futuro e como a alam de uma pessoa é transformada de assassina para heroica além de demonstrar que um ato de bondade no presente pode inspirar uma revolução no futuro.” 

Diretores
Os Irmãos Wachowski – Chegaram ao ápice em Matrix. Não foram tão bem em Matrix Reloaded e foram terríveis em Matrix Revolutions. Quando todos acharam que não podia ficar pior, fizeram Speed Racer e mostraram que tudo pode ficar pior. Agora com A Viagem, tentaram resgatar o clima de Matrix. Vamos ver se conseguiram. 
Tom Tykwer: Diretor alemão que, para muitos, foi colocado na produção de A Viagem para tentar angariar fundos, pois somente os Irmãos Wachowski não têm feito muitas coisas boas ultimamente. Dirigiu um filme já clássico, Corra, Lola, Corra e alguns filmes que ficaram conhecidos, como Paris, Te Amo e Perfume – A História de Um Assassino. Pode ter dado uma boa contribuição a este filme. 

Atores: Somados, os atores neste filme são donos de cinco Oscars. Dois de Tom Hanks (por Foreste Gump e por Filadelfia), um de Halle Berry (por A Última Ceia), um de Jim Broadbnt (por Iris) e um de Susan Sarandon (por Os Últimos Passos de um Homem). Além disso o filme ainda conta com outros atores conhecidos como Hugo Weaving (Elrond em O Senhor dos Anéis), Jim Sturgess (Ben de Quebrando a Banca), Ben Wirshaw (Q em 007 – Operação Skyfall) e Hugh Grant (Daniel de O Diário de Bridget Jones). Um verdadeiro elenco estelar. Resta saber se funcionam bem atuando juntos. 

Orçamento: $100.000.000,00 

Expectativa: o filme é na verdade a união de cinco ou sete histórias principais que são contadas separadamente e unidas dentro de uma trama geral. Algumas histórias se passam bem no passado, outras histórias no presente e no futuro. Parece, para mim, uma tentativa de buscar aquele diferencial que os irmãos haviam achado em Matrix, mas não conseguiram imitar em outros filmes. Faltam duas semanas, e talvez valha à pena ficar três horas no cinema para acompanhar este filme cheio de estrelas. Vale nota a péssima escolha de tradução para o nome do filme. O original, Cloud Atlas seria bem mais interessante. A Viagem me lembra um recente filme de Dwayne “The Rock” Johnson, Viagem 2 (sem o artigo), que em inglês foi Journey 2. Uma péssima escolha de tradução que dificilmente atrairá público.

Veja o trailer legendado:

Riddick (Riddick, 2013 – David Twohy)

Expectativa de estreia no Brasil: 06 de setembro de 2013.


Este será o terceiro filme de uma trilogia injustiçada. O primeiro, Eclipse Mortal, é até hoje considerando um bom filme de suspense e ficção científica. O segundo foi um erro de estratégia. A Batalha de Riddick foi o reaproveitamento de um personagem conhecido em um filme completamente diferente do anterior. O filme foi uma decepção para quem esperava um Eclipse Mortal parte 2 e foi considerado um filme confuso, para aqueles que não tinha visto a primeira aparição do personagem. Oito anos depois, Riddick voltará à telona com um nome enxuto, Riddick, e com a promessa de um filme mais próximo do primeiro do que do segundo. O único problema é que nestes oito anos, A Batalha de Riddick juntou seus fãs, e existe o grande risco de sair um filme que não agrade a ninguém. Vamos aguardar para ver.



Sinopse:  O infame Riddick é deixado para morrer em um planeta próximo a um sol que parece não ter vida. Ele porém descobre rapidamente que estava enganado e luta com seres hostis mais leitais do que qualquer humano já encontrou. A única maneira de Riddick escapar é ativando um sinal de emergência que atrairá rapidamente vários caçadores de recompensas ao planeta.

O Diretor, David Twohy: Dirigiu os dois primeiro filmes com Riddick. Além desses, apenas o filme A Trilha (de 2009 com Mila Jovovich) é conhecido. Podemos esperar um filme no mesmo estilo dos primeiros.

Atores: Vin Diesel retorna como Riddick e Karl Urban como Vaako. O primeiro talvez seja o ator de ação mais famoso do cinema atualmente. Quem gosta desse gênero não pode deixar de assistir. O segundo deverá fazer apenas uma participação especial, mas vale a pena acompanhar seu trabalho após Star Trek (no qual ele interpretou o Dr. McCoy), filme que certamente servirá como divisor em sua carreira. Vale a pena conferir também a atriz Kate Sackhoff (a Starbuck de Battlestar Galactica), que ficou sumida após o fim da série. 

Orçamento: $38.000.000,00 (Fonte: IMDB)

Expectativa: Quem viu um dos dois primeiros e gostou, deve assistir. O personagem Riddick já se tornou um ícone e merece seu público. 

Se não tem trailer, siga o Facebook oficial: https://www.facebook.com/RiddickMovie

Sci-Fi 2013

Até o dia 31 farei várias publicações com uma análise das promessas da ficção científica no cinema em 2013. Espero que gostem! A lista começa agora, com Riddick 3.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Babylon 5 Brasil - O Retorno

Alguém pode ter achado que o título deste post era o anúncio de uma crítica sobre Babylon 5, mas não foi dessa vez. No futuro teremos, podem ter certeza. Mas Babylon 5 é uma série que eu gosto tanto, tenho de ter cuidado para não ser tendencioso. E tenho até um blog, motivo deste post, o Babylon 5 Brasil, que eu está retornando à ativa depois de quase dois anos. Por isso, convido a todos para passar lá.
Acessem através dos links:


Aguardo comentários!

O Vingador do Futuro (Total Recall, 1990 - Paul Verhoeven)


Um clássico do cinema. Um daqueles filme que todos nós nos acostumamos de assistir no sábado à tarde na televisão. E a televisão não o passa levianamente. É de fato um filmaço, com explosões, perseguições, tiros e uma história bem construída. Provavelmente o melhor filme de Arnold Schwarznegger e também de Sharon Stone. O filme tem cenas antológicas. A personagem de Schwarznegger, Doug Quaid colocando um aparelho no nariz para retirar o localizador do cérebro, o mutante taxista Benny, a surpreendente aparição de Kuato, são cenas memoráveis. 

O filme começa com Doug Quaid acordando em sua casa após ter um pesadelo sobre uma perseguição em Marte. Sua mulher, Lori (Sharon Stone de Instinto Selvagem) tenta convencê-lo de que era apenas um sonho e o pede que esqueça. Quaid vai para o trabalho, mas pensando na possibilidade de fazer uma “viagem virtual” a Marte através da empresa Total Recall (o nome do filme, em inglês). Ele chega ao trabalho e conta a ideia ao seu amigo Harry, que logo o diz que é loucura. Mesmo assim, Quaid vai à companhia e faz o implante de memória. À partir daí o filme ganha sua magia. Não sabemos mais o que é realidade e o que é fantasia. Em Marte surgem os alienígenas, os mutantes, as mulheres com três seios, a resistência, e toda uma história a qual não sabemos se está acontecendo na cabeça de Quaid ou se é realidade. Não sabemos nem de qual lado ele está. É isto que faz este filme um clássico. 


Avaliações 

História: 10 
A história foi uma adaptação de uma coletânea de contos chamada “We Can Remember It for You Wholesale” (Em uma tradução livre: Lembranças Por Atacado) de Phillip K. Dick. Cheia de surpresas e extremamente bem desenvolvida dentro do roteiro, a história não deixa, em nenhum momento, a desejar. Você se surpreende em cada cena. 


Efeitos Especiais: 9 
Para a época, foi com certeza excelente. Vencedor do Oscar de melhores efeitos especiais e cheio de cenas que se tornaram clássicas. Quem não se lembra do disfarce usado por Quaid, ou da cena final sem oxigênio. Deve-se também dar bastante importância às excelentes maquiagens presentes neste filme. 


Atuações: 5 
Provavelmente a melhor atuação de todos os atores do filme. A verdade é que eles não são grandes atores. São atores de filmes de ação em um filme de excelente roteiro. 


Final: 10 
O final é consistente com o filme. Algumas pessoas, ao assisti-lo, podem até reclamar e dizer que é sem sentido. Mas o filme é assim. Para mim, perfeito e até memorável. 


Avaliação Global: 8 
É mais um daqueles filmes que não podemos sair de casa sem assistir. Certamente é o melhor filme já feito que se passa em Marte. É um clássico, e como todo clássico a única recomendação a ser feita é: assista!

Veja o trailer:




domingo, 23 de dezembro de 2012

Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (Seeking a Friend for the End of the World, 2012 - Lorene Scafaria)



Este é um daqueles filme que te surpreendem. Sejamos sinceros ao dizer que foi um pouco forçada a inclusão deste filme no blog. São poucos efeitos especiais, pouca ação, nenhum alien. Não há nada além da história do fim do mundo que o coloca na categoria ficção científica. Mesmo assim, este filme merece nossa atenção. O comediante Steve Carell (Agente 86), talvez tenha feito a melhor atuação de sua vida neste belíssimo filme. Dodge é um personagem perfeito. Um homem desiludido com o amor às vistas do fim do mundo. Enquanto todas as pessoas passam a fazer todas as loucura inimagináveis, ele tenta viver sua vida normalmente, considerando que todos os erros de sua vida são incorrigíveis. O filme muda quando Penny (Keira Knightley de A Duquesa) aparece em sua janela. Logo após brigar com o namorado, ela foge pela escada de incêndio e dorme no sofá. Na manhã seguinte ao acordar ela mostra a Dodge cartas que ela havia recebido por engano, sendo que uma delas era do “amor da vida dele” dizendo que havia sido um erro eles terem se separado. Ao notar isso, Penny, arrependida por não ter entregue a carta antes, decide levar Dodge até ela. 

O mais interessante deste filme é o fato de que ele te faz pensar. O que eu faria nessa situação. Ele não é um 2012, que simplesmente aproveitou-se do calendário Maia para fazer o fim do mundo. É um filme para se ver ates de 2012 e depois também. E entra no gênero “dramédia” (drama + comédia), do qual saem alguns dos melhores filmes de ficção, uma prateleira na qual coloco Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e Quero Ser John Malkovich (outra forçação de barra). Se você acordou em um dia no qual não consegue deixar de lado as explosões e os tiros, assista a esse filme. Valerá à pena.

Avaliações

História: 7
É praticamente um road movie. Dodge e Penny entram no carro para viajar e no caminho vão encontrando pessoas e festas que os fazem relembrar o passado do qual eles se arrependiam. Mesmo assim, este é um tipo de filme que funciona. De certa maneira, eu penso que tem a mesmíssima historia de 2012 (de Roland Emmerich), a única diferença é que não há cientistas nem chance de escapatória. São pessoas comuns vivendo essa situação, e não cientistas geólogos nem presidentes.


Efeitos Especiais: -
Este é um filme no qual esta categoria não se aplica. A história é muito mais importante. 


Atuações: 8
Como sempre, comediantes em filmes sérios fazem boas atuações. Veja exemplos de Jim Carrey (em O Show de Truman, Cine Majestic e Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças) e Jonah Hill (em Moneyball). O personagem é perfeito para Steve Carell. Ele é um ator que nos faz rir e portanto criou um personagem triste, mas que parece sempre estar tentando se esconder atrás de uma mascara de normalidade. Já Keira Knightley faz uma atuação razoável porém com uma personagem que nos dá a impressão de já termos visto antes em algum outro filme. Atuação bem executada, mas uma personagem pouco original.


Final: 10
Uma surpresa.. sem surpresas. Como deve ser.


Avaliação Global: 8
Não é o filme típico para quem gosta de Ficção Científica, mas vale à pena conferir. Tenham certeza que eu não teria forçado a barra para incluir o filme neste blog se o filme não fosse bom. Desde que você não espere explosões, tiros e vilões malvados e o assista sabendo que é um drama, valerá à pena.


Veja o trailer legendado:


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock (Star Trek III: The Search For Spock, 1984 - Leonard Nimoy)



Muitos devem estar se perguntando: “Por que começar a fazer crítica de Jornada nas Estrelas a partir do terceiro filme?” É simples. Este filme foi o mais injustiçado de todos os filmes de Jornada. Tendo sido feito apenas dois anos após o clássico A Ira de Khan, sem que este tivesse sido planejado para ter continuação, sendo que o diretor seria um dos atores do filme (o Sr. Spock, Leonard Nimoy) a imprensa da época o considerou um caça-níquel. Na época, porém, não notaram que o final de A Ira de Khan foi uma aposta. Há um link para a continuação. Ele só não é importante. “Lembre-se” diz Spock a McCoy antes de executar seu último ato de heroísmo. E assim termina o filme, com o velório de um de seus personagens principais. Neste ponto caiu a crítica da imprensa da época: “Se ele morreu, como se pode procurar por ele? Isto é um motivo bobo para se fazer um filme”, não perceberam que À Procura de Spock conta a história do pós-guerra, daquilo que se perdeu na batalha e daquilo que ainda podia ser recuperado.

Como todo filme de Jornada, À Procura de Spock conta muito mais com a empolgação da história do que com grandes cenas de efeitos especiais e guerra. O inicio é o final do filme anterior. A cena do “lembre-se” e a morte de Spock. Dessa maneira, o público pode ser informado que a Enterprise está voltando de uma batalha na qual ela teve muitos danos e baixas. E o enredo começa, de fato, em uma cena na qual as sombras foram muito bem utilizadas, o Dr. McCoy começa a falar como se fosse o morto Spock. Eles o socorrem, e é introduzida a segunda trama, a Enterprise será aposentada. Por último, eles mostram que a “alma” de Spock ainda pode ser salva, pois ela estava dentro da mente de McCoy. Desta maneira, os heróis têm de retornar ao planeta Genesis para reaver o corpo de Spock (imprescindível para salva sua alma). O que acontece, porém, é que os oficiais da Enterprise serão realocados e apenas naves científicas irão ao planeta, ou, neste caso, apenas uma nave, a USS Grissom, que tem em sua tripulação a Ten. Saavik e o filho do Cap. Kirk, David. Desta maneira, após muitas desventuras, está montada a Jornada que levará a Enterprise de volta ao Planeta Genesis.


Avaliações iniciais (Notas de 0 a 10)
História: 7
Uma história construída a partir de um link mínimo em seu antecessor. Nela, toda a tripulação da Enterprise é destruída e depois reconstruída, mesmo contra ordens. Dessa maneira, Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock é um dos filmes mais surpreendentes desta série de seis filmes.


Efeitos Especiais: 7
É um filme de 1984 que não teve um orçamento de super produção. Mesmo assim, são muito bem feitos. O fato é que todos os filmes com os atores clássicos de Jornada merecem uma média de 7 a 9 de efeitos. São bons, mas estão longe de serem os melhores, mesmo na época.


Atuações: 6
Como sempre, as atuações em Jornada são ofuscados por uma construção de personagem e uma construção de história muito bem feita. Vale nota para o ator DeForest Kelley, o Dr. Leonard McCoy, em uma excelente atuação. Em contrapartida vale também lembrar que William Shatner foi indicado ao Golden Raspberry Award (Framboesa de Ouro) por este filme, o que não diz muita coisa, afinal, ele sempre é indicado.


Final: 6
Um bom final que não termina. Quando o filme acaba, sabemos que terá mais e ficamos com o famoso “gostinho de quero mais”.


Avaliação Global: 7
Não recomendo que você assista a esse filme primeiro de Jornada (recomendaria, talvez A Ira de Khan ou A Terra Desconhecida), mas digo que, se você assistiu ao A Ira de Khan e gostou, não deixe de assistir À Procura de Spock.


Veja o trailer:

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Guerra nas Estrelas (Star Wars, George Lucas - 1977)


Talvez um dos melhores filmes já feitos na história. Guerra nas Estrelas, dirigido por George Lucas, é certamente um dos maiores filmes que este blog irá comentar. Antes, porém, vale uma nota histórica quanto ao nome do filme. Em 1977, quando de seu lançamento, o não havia o plano de se fazer uma continuação. O filme chegou aos cinemas americanos como Star Wars e aos brasileiros como Guerra nas Estrelas. Quando, em 1981, foi lançado The Empire Strikes Back (O Império Contra-Ataca), os produtores decidiram manter o nome desvinculado do primeiro, tendo em vista que o market seria utilizado para associar o primeiro e o segundo filme. Quanto do lançamento do terceiro, Return of Jedi (O Retorno de Jedi), foi mantida o mesmo padrão. Em 1997, quando aconteceu o relançamento dos três filmes em edição especial, foi definido que seria contada a história do surgimento do Império Galáctico, e, aos nomes dos três filmes foi adicionado Episódio IV, IV e VI, sendo que os novos filme, que contariam o início seriam I, II e III. Para ser saudosista, nesta crítica será usado o primeiro nome em português do filme, Guerra nas Estrelas, mas lembramos que comumente este filme é encontrado com o nome Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança.

A cena inicial de Guerra nas Estrelas é antológica. A perseguição de uma pequena nave rebelde por um grande cruzador do Império Galáctico. A nave é abordada, há um “tiroteio” de armas de raios e surge um dos vilões mais marcantes da história do cinema, Darth Vader. Acompanhado da belíssima trilha sonora (talvez uma das mais conhecidas do mundo) composta por John Williams, dois robôs, C3PO e R2-D2, fogem da nave abordada rumo ao planeta mais próximo, Tatoinne. Neste ponto, podemos perceber a genialidade do roteiro de George Lucas. Com vinte minutos de filme, seguimos a história de Darth Vader, da Princesa Leia dos robôs até que é introduzida a personagem principal, Luke Skywalker (Mark Hammil). Ele, que não tem nenhuma relação com a história no espaço é incluído por uma mensagem contida no robô R2-D2 endereçada a Obi-Wan Kenobi. Entre um pôr do sol de dois sóis e uma das mais belíssimas composições de Williams, o R2-D2 foge em busca de Kenobi e assim começa a jornada que leva à guerra.

Decidir o que falar deste filme é complicado. São tantas cenas antológicas, tantos efeitos especiais que valem a pena de serem citados que fariam com que esta crítica ficasse gigantesca. Vale, porém, dizer que este filme, que criou uma saga e toda uma mitologia, que se infiltrou na cultura pop e se tornou uma bandeira do americanismo é uma obra que todas as pessoas deveriam assistir, se não pela qualidade técnica (que lhe rendeu seis Oscar’s) pelo fato de ser um dos melhores filme já produzido na história. 


Avaliações iniciais (Notas de 0 a 10)


História: 10
Um roteiro criado de uma maneira que nunca havia sido feito antes. Coadjuvantes se tornam principais e os principais parecem coadjuvantes. A história não perde o fôlego em nenhum minuto e até mesmo os vilões geram simpatia do público. Se perdeu o Oscar de melhor roteiro original para a obra prima de Woody Allen (Noivo Neurótico, Noiva Nervosa), dentro do gênero de ficção científica existem poucas histórias mais bem construídas.


Efeitos Especiais: 9
Um 9 para criticar. Muitos dos efeitos especiais das versões em DVD e BluRay foram feitos exclusivamente para essas versões. Dessa maneira, eles continuam incríveis, mas não são os mesmos da versão original.

Atuações: 10
Neste filme havia apenas um ator conhecido do público, Alec Guiness (Obi Wan Kenobi), vencedor do Oscar por A Ponte do Rio Kwai e indicado outras duas vezes. Mark Hammil (Luke Skywalker), Carrie Fischer (Princesa Leia) e Harrison Ford (na época) eram atores desconhecidos do grande públicos. Estes acabaram por fazer atuações, se não memoráveis, consistentes e Alec Guiness recebeu sua quarta indicação ao Oscar.


Final: 10
Um raro filme que termina e tem continuação. Talvez o fato de ser tão improvável a maneira pelo qual o filme termina, faça com que este final seja também clássico.


Avaliação Global: 10
Se você nunca assistiu, assista. Guerra nas Estrelas não atrai admiradores há trinta anos de maneira leviana. É de fato um dos melhores filme já feitos e está na lista de filme que todas as pessoas deveriam assistir antes de sair de casa.


Veja o trailer:

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

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Prometheus (Prometheus, Ridley Scott - 2012)




Do oscarizado diretor Ridley Scott, autor de filmes clássicos do gênero de ficção científica como Blade Runner e Alien, com a premissa de lançar um filme que se passa no universo no qual a personagem Ripley lutou quatro vezes contra o mais assustador extraterrestre da ficção científica. Este é Prometheus, com Noomi Rapace (do seriado Millenium), Michael Fassbender (X-Men Primeira Classe) e Charlize Theron (ganhadora do Oscar por Monster – Desejo Assassino).
No início do filme, em uma cena belíssima na qual temos a versão “scottiana” da origem da vida na Terra, passamos a crer que o filme se guiará por uma busca dos criadores da humanidade, alienígenas superevoluídos que podiam criar novas vidas. Em uma rápida guinada para o futuro, vemos a criação da expedição que vai seguir as trilhas deixadas por estes criadores, com o objetivo de responder à pergunta fundamental sobre a vida o universo e tudo mais. Uma boa apresentação do andróide David, brilhantemente interpretado por Michael Fassbender e efeitos especiais dignos da superprodução que foi, são exibidos em uma introdução de quase meia hora. A sensação que temos é de que o filme tem tudo para se tornar outra obra prima do diretor, até que ele aterrissam no planeta e o encanto acaba.
Explorando as cavernas encontradas no planeta, o filme sai da ficção e entra em um suspense. Porém, ao contrário de Alien, o suspense é mal feito, pontuado por cenas de ação e uma história de sobre a conspiração para tomar o comando da nave que nada acrescenta à trama. Dessa maneira, Prometheus se tornou um filme muito bem executado com tomadas muito bem feitas e efeitos especiais incríveis, mas no com uma história que se aproxima de filmes como A Hora do Pesadelo e Sexta-Feira 13: violência gratuita e pouco suspense.
É um filme a se assistir quando não se tem nada melhor para fazer. Dentro das expectativas, foi uma decepção.


Avaliações iniciais (Notas de 0 a 10)

História: 4
Me lembra muito a história de Star Wars Episódio VI – O Retorno de Jedi: parecia que seria um filmaço até a hora em que entram os ursinhos de pelúcia. No caso desse filme, parecia que seria um filmaço, até que eles começam a matar todo mundo.


Efeitos Especiais: 9
Só não ganhou total porque ficou com um gostinho de quero mais. Os efeitos especiais só incríveis. Assim como foi em Alien, as cenas da nave no espaço foram belíssimas. Vale assistir o filme só por ela.


Atuações: 5
Grandes atores, em geral trazem grandes atuações. Neste filme, porém, um ator se destaca, e é Michael Fassbender interpretado o androide David. Noomi Rapace e Charlize Theron pouco fazem neste ponto. A primeira com uma atuação claramente inspirada na Ripley de Sigourney Weaver e a segunda parecendo um robô. Ambas não fazem mais do que aparecer no filme.


Final: 2
Era para ser 1 ponto apenas, pois o final do filme é completamente incompreensível, mas ganhou mais um pela cena “pós-crédito” que deixou uma ponta para uma continuação que, quem sabe, pode ser melhor do que o original.


Avaliação Global: 3
Se você estiver enjoado de assistir a Jason no espaço de novo, assista a este filme. Tem a mesma violência gratuita que Jason, e você ainda poderá ver mais um excelente personagem interpretado por Michael Fassbender e os belíssimos efeitos especiais que um orçamento de US$ 200 milhões de dólares podem compar.

Veja o trailer:


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Hirokin: O Último Samurai (Hirokin, Alejo Mo-Sun - 2011)

Cartaz nacional

Um filme previsível, para começar de maneira leve. Uma mistura óbvia (e mal feita, diga-se de passagem) de Duna, A Lista de Schindler e Star Wars. Com péssimas atuações, cenários estilo Bonanza, e uma dupla de “bobões” ao estilo Bulk e Skull de Power Rangers, o filme, conta a história de um planeta colonizado por seres humanos no qual a raça nativa foi subjugada e seus integrantes vivem como judeus na Alemanha nazista. A grande diferença desses alienígenas e nós são suas mãos com veias aparentes (isso mesmo). O herói, Hirokim, é um humano que se apaixona por uma bela alienígena e vive fugindo das tropas do “vice-rei”. À certa altura do filme as tropa inimigas o capturam e matam sua mulher, deixando-o “com sede de vingança” (num filme desses, clichês valem). Depois de passar por um treinamento intensivo, ele se torna o último dos samurais alienígenas.
Dirigido pelo desconhecido alemão Alejo Mo-Sun e no papel principal Wes Bentley (o Seneca Crane de Jogos Vorazes), Hirokim - O Último Samurai é um filme a ser evitado.

Avaliações iniciais (Notas de 0 a 10)
História: 0
Extremamente previsível além de estar próxima do ridículo. Cheio cenas e personagens que nada acrescentam à história e ainda um final que parecia esperar uma continuação (convenhamos: um filme como esse deveria ser proibido de ter continuação).

Efeitos Especiais: 0
Poucos muito mal feitos. Experiência visual nula.

Atuações: 0
Ninguém sabe como o ator Wes Bentley conseguiu atuar em um blockbuster como Jogos Vorazes. Ou o nível da seleção era muito baixo ou esse filme foi uma exceção em suas atuações. Quanto aos demais, desconhecidos que nunca havia visto e que me deixaram com vontade de nunca mais vê-los.

Final: 1
Só para evitar de pessoas comentarem que todo filme tem final previsível.

Avaliação Global: 0
Só assista se estiver com vontade de ver um filme muito ruim. Em outro caso, não assista.

Veja o trailer (sem legendas):



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