quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock (Star Trek III: The Search For Spock, 1984 - Leonard Nimoy)



Muitos devem estar se perguntando: “Por que começar a fazer crítica de Jornada nas Estrelas a partir do terceiro filme?” É simples. Este filme foi o mais injustiçado de todos os filmes de Jornada. Tendo sido feito apenas dois anos após o clássico A Ira de Khan, sem que este tivesse sido planejado para ter continuação, sendo que o diretor seria um dos atores do filme (o Sr. Spock, Leonard Nimoy) a imprensa da época o considerou um caça-níquel. Na época, porém, não notaram que o final de A Ira de Khan foi uma aposta. Há um link para a continuação. Ele só não é importante. “Lembre-se” diz Spock a McCoy antes de executar seu último ato de heroísmo. E assim termina o filme, com o velório de um de seus personagens principais. Neste ponto caiu a crítica da imprensa da época: “Se ele morreu, como se pode procurar por ele? Isto é um motivo bobo para se fazer um filme”, não perceberam que À Procura de Spock conta a história do pós-guerra, daquilo que se perdeu na batalha e daquilo que ainda podia ser recuperado.

Como todo filme de Jornada, À Procura de Spock conta muito mais com a empolgação da história do que com grandes cenas de efeitos especiais e guerra. O inicio é o final do filme anterior. A cena do “lembre-se” e a morte de Spock. Dessa maneira, o público pode ser informado que a Enterprise está voltando de uma batalha na qual ela teve muitos danos e baixas. E o enredo começa, de fato, em uma cena na qual as sombras foram muito bem utilizadas, o Dr. McCoy começa a falar como se fosse o morto Spock. Eles o socorrem, e é introduzida a segunda trama, a Enterprise será aposentada. Por último, eles mostram que a “alma” de Spock ainda pode ser salva, pois ela estava dentro da mente de McCoy. Desta maneira, os heróis têm de retornar ao planeta Genesis para reaver o corpo de Spock (imprescindível para salva sua alma). O que acontece, porém, é que os oficiais da Enterprise serão realocados e apenas naves científicas irão ao planeta, ou, neste caso, apenas uma nave, a USS Grissom, que tem em sua tripulação a Ten. Saavik e o filho do Cap. Kirk, David. Desta maneira, após muitas desventuras, está montada a Jornada que levará a Enterprise de volta ao Planeta Genesis.


Avaliações iniciais (Notas de 0 a 10)
História: 7
Uma história construída a partir de um link mínimo em seu antecessor. Nela, toda a tripulação da Enterprise é destruída e depois reconstruída, mesmo contra ordens. Dessa maneira, Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock é um dos filmes mais surpreendentes desta série de seis filmes.


Efeitos Especiais: 7
É um filme de 1984 que não teve um orçamento de super produção. Mesmo assim, são muito bem feitos. O fato é que todos os filmes com os atores clássicos de Jornada merecem uma média de 7 a 9 de efeitos. São bons, mas estão longe de serem os melhores, mesmo na época.


Atuações: 6
Como sempre, as atuações em Jornada são ofuscados por uma construção de personagem e uma construção de história muito bem feita. Vale nota para o ator DeForest Kelley, o Dr. Leonard McCoy, em uma excelente atuação. Em contrapartida vale também lembrar que William Shatner foi indicado ao Golden Raspberry Award (Framboesa de Ouro) por este filme, o que não diz muita coisa, afinal, ele sempre é indicado.


Final: 6
Um bom final que não termina. Quando o filme acaba, sabemos que terá mais e ficamos com o famoso “gostinho de quero mais”.


Avaliação Global: 7
Não recomendo que você assista a esse filme primeiro de Jornada (recomendaria, talvez A Ira de Khan ou A Terra Desconhecida), mas digo que, se você assistiu ao A Ira de Khan e gostou, não deixe de assistir À Procura de Spock.


Veja o trailer:

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Guerra nas Estrelas (Star Wars, George Lucas - 1977)


Talvez um dos melhores filmes já feitos na história. Guerra nas Estrelas, dirigido por George Lucas, é certamente um dos maiores filmes que este blog irá comentar. Antes, porém, vale uma nota histórica quanto ao nome do filme. Em 1977, quando de seu lançamento, o não havia o plano de se fazer uma continuação. O filme chegou aos cinemas americanos como Star Wars e aos brasileiros como Guerra nas Estrelas. Quando, em 1981, foi lançado The Empire Strikes Back (O Império Contra-Ataca), os produtores decidiram manter o nome desvinculado do primeiro, tendo em vista que o market seria utilizado para associar o primeiro e o segundo filme. Quanto do lançamento do terceiro, Return of Jedi (O Retorno de Jedi), foi mantida o mesmo padrão. Em 1997, quando aconteceu o relançamento dos três filmes em edição especial, foi definido que seria contada a história do surgimento do Império Galáctico, e, aos nomes dos três filmes foi adicionado Episódio IV, IV e VI, sendo que os novos filme, que contariam o início seriam I, II e III. Para ser saudosista, nesta crítica será usado o primeiro nome em português do filme, Guerra nas Estrelas, mas lembramos que comumente este filme é encontrado com o nome Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança.

A cena inicial de Guerra nas Estrelas é antológica. A perseguição de uma pequena nave rebelde por um grande cruzador do Império Galáctico. A nave é abordada, há um “tiroteio” de armas de raios e surge um dos vilões mais marcantes da história do cinema, Darth Vader. Acompanhado da belíssima trilha sonora (talvez uma das mais conhecidas do mundo) composta por John Williams, dois robôs, C3PO e R2-D2, fogem da nave abordada rumo ao planeta mais próximo, Tatoinne. Neste ponto, podemos perceber a genialidade do roteiro de George Lucas. Com vinte minutos de filme, seguimos a história de Darth Vader, da Princesa Leia dos robôs até que é introduzida a personagem principal, Luke Skywalker (Mark Hammil). Ele, que não tem nenhuma relação com a história no espaço é incluído por uma mensagem contida no robô R2-D2 endereçada a Obi-Wan Kenobi. Entre um pôr do sol de dois sóis e uma das mais belíssimas composições de Williams, o R2-D2 foge em busca de Kenobi e assim começa a jornada que leva à guerra.

Decidir o que falar deste filme é complicado. São tantas cenas antológicas, tantos efeitos especiais que valem a pena de serem citados que fariam com que esta crítica ficasse gigantesca. Vale, porém, dizer que este filme, que criou uma saga e toda uma mitologia, que se infiltrou na cultura pop e se tornou uma bandeira do americanismo é uma obra que todas as pessoas deveriam assistir, se não pela qualidade técnica (que lhe rendeu seis Oscar’s) pelo fato de ser um dos melhores filme já produzido na história. 


Avaliações iniciais (Notas de 0 a 10)


História: 10
Um roteiro criado de uma maneira que nunca havia sido feito antes. Coadjuvantes se tornam principais e os principais parecem coadjuvantes. A história não perde o fôlego em nenhum minuto e até mesmo os vilões geram simpatia do público. Se perdeu o Oscar de melhor roteiro original para a obra prima de Woody Allen (Noivo Neurótico, Noiva Nervosa), dentro do gênero de ficção científica existem poucas histórias mais bem construídas.


Efeitos Especiais: 9
Um 9 para criticar. Muitos dos efeitos especiais das versões em DVD e BluRay foram feitos exclusivamente para essas versões. Dessa maneira, eles continuam incríveis, mas não são os mesmos da versão original.

Atuações: 10
Neste filme havia apenas um ator conhecido do público, Alec Guiness (Obi Wan Kenobi), vencedor do Oscar por A Ponte do Rio Kwai e indicado outras duas vezes. Mark Hammil (Luke Skywalker), Carrie Fischer (Princesa Leia) e Harrison Ford (na época) eram atores desconhecidos do grande públicos. Estes acabaram por fazer atuações, se não memoráveis, consistentes e Alec Guiness recebeu sua quarta indicação ao Oscar.


Final: 10
Um raro filme que termina e tem continuação. Talvez o fato de ser tão improvável a maneira pelo qual o filme termina, faça com que este final seja também clássico.


Avaliação Global: 10
Se você nunca assistiu, assista. Guerra nas Estrelas não atrai admiradores há trinta anos de maneira leviana. É de fato um dos melhores filme já feitos e está na lista de filme que todas as pessoas deveriam assistir antes de sair de casa.


Veja o trailer:

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

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Prometheus (Prometheus, Ridley Scott - 2012)




Do oscarizado diretor Ridley Scott, autor de filmes clássicos do gênero de ficção científica como Blade Runner e Alien, com a premissa de lançar um filme que se passa no universo no qual a personagem Ripley lutou quatro vezes contra o mais assustador extraterrestre da ficção científica. Este é Prometheus, com Noomi Rapace (do seriado Millenium), Michael Fassbender (X-Men Primeira Classe) e Charlize Theron (ganhadora do Oscar por Monster – Desejo Assassino).
No início do filme, em uma cena belíssima na qual temos a versão “scottiana” da origem da vida na Terra, passamos a crer que o filme se guiará por uma busca dos criadores da humanidade, alienígenas superevoluídos que podiam criar novas vidas. Em uma rápida guinada para o futuro, vemos a criação da expedição que vai seguir as trilhas deixadas por estes criadores, com o objetivo de responder à pergunta fundamental sobre a vida o universo e tudo mais. Uma boa apresentação do andróide David, brilhantemente interpretado por Michael Fassbender e efeitos especiais dignos da superprodução que foi, são exibidos em uma introdução de quase meia hora. A sensação que temos é de que o filme tem tudo para se tornar outra obra prima do diretor, até que ele aterrissam no planeta e o encanto acaba.
Explorando as cavernas encontradas no planeta, o filme sai da ficção e entra em um suspense. Porém, ao contrário de Alien, o suspense é mal feito, pontuado por cenas de ação e uma história de sobre a conspiração para tomar o comando da nave que nada acrescenta à trama. Dessa maneira, Prometheus se tornou um filme muito bem executado com tomadas muito bem feitas e efeitos especiais incríveis, mas no com uma história que se aproxima de filmes como A Hora do Pesadelo e Sexta-Feira 13: violência gratuita e pouco suspense.
É um filme a se assistir quando não se tem nada melhor para fazer. Dentro das expectativas, foi uma decepção.


Avaliações iniciais (Notas de 0 a 10)

História: 4
Me lembra muito a história de Star Wars Episódio VI – O Retorno de Jedi: parecia que seria um filmaço até a hora em que entram os ursinhos de pelúcia. No caso desse filme, parecia que seria um filmaço, até que eles começam a matar todo mundo.


Efeitos Especiais: 9
Só não ganhou total porque ficou com um gostinho de quero mais. Os efeitos especiais só incríveis. Assim como foi em Alien, as cenas da nave no espaço foram belíssimas. Vale assistir o filme só por ela.


Atuações: 5
Grandes atores, em geral trazem grandes atuações. Neste filme, porém, um ator se destaca, e é Michael Fassbender interpretado o androide David. Noomi Rapace e Charlize Theron pouco fazem neste ponto. A primeira com uma atuação claramente inspirada na Ripley de Sigourney Weaver e a segunda parecendo um robô. Ambas não fazem mais do que aparecer no filme.


Final: 2
Era para ser 1 ponto apenas, pois o final do filme é completamente incompreensível, mas ganhou mais um pela cena “pós-crédito” que deixou uma ponta para uma continuação que, quem sabe, pode ser melhor do que o original.


Avaliação Global: 3
Se você estiver enjoado de assistir a Jason no espaço de novo, assista a este filme. Tem a mesma violência gratuita que Jason, e você ainda poderá ver mais um excelente personagem interpretado por Michael Fassbender e os belíssimos efeitos especiais que um orçamento de US$ 200 milhões de dólares podem compar.

Veja o trailer:


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Hirokin: O Último Samurai (Hirokin, Alejo Mo-Sun - 2011)

Cartaz nacional

Um filme previsível, para começar de maneira leve. Uma mistura óbvia (e mal feita, diga-se de passagem) de Duna, A Lista de Schindler e Star Wars. Com péssimas atuações, cenários estilo Bonanza, e uma dupla de “bobões” ao estilo Bulk e Skull de Power Rangers, o filme, conta a história de um planeta colonizado por seres humanos no qual a raça nativa foi subjugada e seus integrantes vivem como judeus na Alemanha nazista. A grande diferença desses alienígenas e nós são suas mãos com veias aparentes (isso mesmo). O herói, Hirokim, é um humano que se apaixona por uma bela alienígena e vive fugindo das tropas do “vice-rei”. À certa altura do filme as tropa inimigas o capturam e matam sua mulher, deixando-o “com sede de vingança” (num filme desses, clichês valem). Depois de passar por um treinamento intensivo, ele se torna o último dos samurais alienígenas.
Dirigido pelo desconhecido alemão Alejo Mo-Sun e no papel principal Wes Bentley (o Seneca Crane de Jogos Vorazes), Hirokim - O Último Samurai é um filme a ser evitado.

Avaliações iniciais (Notas de 0 a 10)
História: 0
Extremamente previsível além de estar próxima do ridículo. Cheio cenas e personagens que nada acrescentam à história e ainda um final que parecia esperar uma continuação (convenhamos: um filme como esse deveria ser proibido de ter continuação).

Efeitos Especiais: 0
Poucos muito mal feitos. Experiência visual nula.

Atuações: 0
Ninguém sabe como o ator Wes Bentley conseguiu atuar em um blockbuster como Jogos Vorazes. Ou o nível da seleção era muito baixo ou esse filme foi uma exceção em suas atuações. Quanto aos demais, desconhecidos que nunca havia visto e que me deixaram com vontade de nunca mais vê-los.

Final: 1
Só para evitar de pessoas comentarem que todo filme tem final previsível.

Avaliação Global: 0
Só assista se estiver com vontade de ver um filme muito ruim. Em outro caso, não assista.

Veja o trailer (sem legendas):



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