domingo, 7 de agosto de 2011

Falling Skies (1ª Temporada, 2011)


O Elenco principal de Falling Skies: Will Patton, Drew Roy, Connor Jessup, Noah Wyle, Maxim Knight e Moon Bloodgood.



Se eu dissesse que esta é a história de uma invasão alienígena na Terra que destruiu quase toda a população humana com exceção de um pequeno grupo de sobreviventes (norte americanos) que se escondem com objetivo de encontrar uma maneira de expurgar a invasão, se eu dissesse ainda, que este filme foi escrito por um amigo do diretor Roland Emmerich, muitos já achariam que estou falando de Independence Day. Mas o problema é que não estou falando de um filme e aqui nós não temos um herói no estilo Will Smith.
Falling Skies, criada por Robert Rodat, roteirista de filmes como O Patriota, dirigido por Roland Emmerich e O Resgate do Soldado Ryan, dirigido por Steven Spielberg (um dos produtores de Falling Skies) apesar de semelhante à Idependence Day tem uma premissa diferente.


Em Falling Skies o herói não é militar, não é um soldado perfeito como foi Will Smith, é apenas o professor de história Tom Mason (Noah Wyle), pai de três filhos que conseguem sobreviver à invasão alienígena, tem um sua esposa morta e um dos filhos sequestrado por alienígenas. Por esse motivo toma partido em um movimento de sobrevivência nos arredores de Boston, comandado por um capitão do exército norte americano chamado Weaver, com a intenção de, no futuro, ter poder para resgatar o filho.
A crítica especializada tem dito que Falling Skies é uma mistura de Jericho e V. Para mim, estes primeiros episódios mostram uma semelhança maior para outras duas séries recentes, Lost e The Walking Dead (T.W.D.). De Lost temos o fato de os heróis serem pessoas comuns, com quem os espectadores poderiam se identificar. Além disso, o modelo de se fazer a série focada em vários personagens principais é bem estabelecido. De T.W.D. temos o estilo, que começa a ficar comum, de mundo pós-apocalíptico. Ainda não é possível ver uma grande diferença entre essas três séries. A premissa básica é a mesma: um grupo de pessoas é unido pelo destino e precisam trabalhar juntos contra um inimigo comum. Quanto aos vilões é o mesmo. No caso de Lost tínhamos os, ainda misteriosos, “outros”, em T.W.D. temos zumbis e aqui temos aliens. Todos os inimigos têm vantagens estratégicas sobre nossos heróis. Em Lost era conhecimento do terreno, em T.W.D. é quantidade e em Falling Skies a tecnologia.

Mesmo em relação ao enredo e a evolução da série há grandes semelhanças. Por isso creio que é um motivo de preocupação para as temporadas futuras. Por experiências da própria Lost, esse modelo de sobrevivência não dura. Eventualmente os personagens terão de ir ao ataque e a maneira como eles farão isso definirá o destino da série. Lost, ao fim de sua primeira temporada era a série de maior audiência da história da TV americana. Na última temporada, talvez tenha se tornado a maior decepção. Até setembro, quando estréia a aguardada Terra Nova, Falling Skies será a única ficção científica passando na TV americana e tem tido bons índices de audiência. A primeira temporada de Falling Skies começou e terminou e finalmente vimos do que são feitos os homens da IIª Coluna de Massachuchets. E agora é aguradar por uma segunda temporada que promete!

Avaliações iniciais (Notas de O a 10)

História: 7
Apesar de familiar, foi repetida por dar certo. Todos já tivemos vontade de descobrir como seria um mundo sem ninguém e ao vê-lo temos tendência a torcer pelas pessoas que sobraram. Assim como em Lost, já percebemos que em Falling Skies todos os personagens são tipicamente humanos, com ações que podem beneficiar o todo em algumas situações e apenas eles próprios em outras.

Efeitos Especiais: 5
Poucos e repetidos. Usados basicamente para fazerem os extraterrestres e os soldados chamados “mechas” (abreviação de mechanics – mecânicos)

Atuações: 8
Bons atores, com gabarito como Noah Wyle que ficou anos sendo o Dr. Carter de E.R. (Plantão Médico) no papel de Tom Mason, o experiente Will Patton (Armarggedon) no papel do Capitão Weaver e também do simpático Colin Cunningham (Stargate SG-1) no papel do "bandidinho" John Pope fazem com que esta série tenha um apelo a mais para os espectadores. As boas atuações são uma marca dessa nova geração dos seriados norte americanos e têm sido melhores do que em muitos filmes feitos para cinema.

Final (1ª Temporda): 7
Um ótimo final de série. Uma vitória e uma reviravolta. Só nos resta saber se a continuação vai ser a altura. Quanto à série global, só torcemos para não ganharmos outro Lost.

Avaliação Global: 9
Vale a pena acompanhar. Boas atuações e surpresas em todos os episódios. Falling Skies que conseguiu até melhorar depois de seu episódio piloto tem tudo para manter o nível até o final desta temporada. Apesar de não ter (ainda) naves espaciais, é a única representante da nova ficção científica que tem atraído audiência.

Veja o trailer:

 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Quinto Elemento (The Fifth Element, Luc Besson - 1997)

 

Elenco de O Quinto Elemento: em cima Mila Jovovich, Bruce Willis e Gary Oldman.
Logo abaixo, Chris Tucker e Ian Holm. De azul Maïwenn Le Besco

Primeiro vemos a Terra e a chegada de uma nave espacial. Depois um arqueólogo estudando o que parece ser uma pirâmide do Egito, uma espécie de padre chega gritando sobre o fim do mundo e logo após, vemos a chegada de um ser biônico que tem a chave para uma câmara dentro da pirâmide. Vemos uma espécie de prisma de base triangular e a história começa.
Talvez seja certo dizer que O Quinto Elemento é um filme bem humorado. O bom ator inglês (em evidência por filmes como Harry Potter e Batman) Gary Oldman aparece com um pedaço de plástico em um lado careca de sua cabeça, temos extraterrestre mal encarados e ao mesmo tempo, burros, um Bruce Willis fazendo o papel de sempre, o de melhor soldado do universo, mas desta vez brincando com isso... é um filme interessante por rir de si mesmo. Agrada qualquer plateia, para os aficionados por ficção temos grandes tomadas espaciais, e de perseguição em carros voadores, para quem gosta de comédias temos cenas hilárias e ao mesmo tempo comedidas do inicio ao fim, algumas das melhores com a participação do comediante Chris Tucker no papel de Ruby Rhoad, outras com Oldman no papel de Zorg, ambos introduzidos e retirados de foco na hora certa, além de agradar a quem gosta de filmes de ação por suas explosões e perseguições. Miscelânea típica do cinema francês (com sotaque hollywoodiano) de Luc Besson.
As estrelas do filme, a ainda jovem Mila Jovovich e o já experiente, na época, Bruce Willis são talvez uma exceção nesse filme com muitos coadjuvantes. Nenhum dos dois é convincentes em seus papéis. Ninguém sabe dizer como é possível que Bruce Willis seja um péssimo taxista no início do filme e um ótimo motorista no final. A personagem de Mila, Leeloo é um ser supremo super dotado mas tem um comportamento infantil e irresponsável durante todo o filme, tirando, talvez, a dignidade do personagem. Fora isso, temos a notável exibição da atriz francesa Maïwenn Le Besco, fazendo uma apresentação de canto sob a pele azul da Diva Plava Laguna.
O Quinto Elemento talvez não seja u filme considerado revolucionário ou clássico no cinema e até mesmo dentro da ficção cientifica mas é um filme único do gênero, um filme que consegue contar uma história que se passa em um futuro onde homens e aliens vivem juntos e ao mesmo tempo ri desta situação, colocando aliens em posições estupidas mas não deixando os próprios seres humanos de fora desta situação. Um filme universal e sem preconceito por planeta de origem.

Avaliação Final (Notas de 0 a 10)
História: 9
Bem montada e bem divida. Nos momentos de ação há apenas ação e a comédia é controlada para não tornar o filme um pastelão.
Efeitos Especiais: 7
Mesmo os filmes da época já tinham alguns efeitos mais impressionantes. Deve se destacar a New York montada por computação.
Atuações: 4
Os atores fizeram o que filme propôs, uma divisão em núcleos que nem as novelas da globo poderiam fazer. Há o núcleo comediante, divido entre Gary Oldman e Chris Rock, ambos trabalhando muito bem,  e há o núcleo “sério” divido entre Mila Jovovich e Bruce Willis, ambos trabalhando muito mal. Como todo filme “não-sério” as atuações ficam em segundo plano, como todo bom blockbuster, o que importa é a bilheteria, não o trabalho dos artistas.
Final: 7
A reação da maioria das pessoas é: era só isso?
Avaliação Global: 7
Típico filme “boa diversão”. Ótimo para assistir com a família. Recomendado!

Veja o trailer (sem legendas):



Caprica (Temporada Única, 2010)

Elenco de Caprica:  Magda Apanowicz, Alessandra Torresani, Polly Walker, Eric Stoltz, Paula Malcomson, Sasha Roiz e Esai Morales

Battlestar Galactica: Caprica ou simplesmente Caprica é um spinn-off da ótima Battlestar Galactica apesar de ser extremamente diferente. Considerada péssima por alguns, ela foge da habitual trama “super-herói versus vilão” e de batalhas contra naves espaciais e alienígenas. Caprica é uma série dramática carregada, com enfoque em duas famílias (Graystone e Adama) em luto e de dois pais que se juntam para tentarem “reviver” suas filhas, Zöe Graystone e Tamara Adama, em mundo virtual (ao velho estilo Tron) por terem sido mortas em um ataque terrorista a um metro e também da melhor amiga de uma delas (Lacy Rand) que se compromete a cumprir a promessa final de ajudar a completar o plano do mesmo grupo terrorista responsável pelo ataque, o qual Zöe era membro.

Daniel Graystone, magnata de indústrias de software e inventor da holoband é pai de Zöe, Joseph Adama, é advogado da máfia Tauron (uma cópia óbvia da máfia italiana representada em filmes como O Poderoso Chefão) é pai de Tamara. Juntos os dois reaproveitariam um programa criado por Zöe para recriarem suas filhas no mundo cibernético. Os pais não sabem que a consciência criada para as filhas iriam querer sair desse mundo virtual e assim, Graystone decide fazer o download da consciência da filha em um protótipo de robô soldado que estava sendo construído por sua empresa. Zöe portanto se torna o primeiro Cylon (Cybernetic Life Forme Node – Unidade de Vida Cibernética), grupo de robôs extremistas religiosos vilões de Battlestar Galactica. De fato, até para uma série de ficção científica, a sinopse é de certa forma estranha.
Caprica porém tem um grande trunfo. New Cap City, o jogo estilo GTA em que Zöe e Tamara passam a viver no mundo cibernético é, de fato, inovador para o sci-fi. Neste jogo, em que as regras são as mesmas da vida real, se você leva um tiro morre, pontos significam dinheiro, as garotas, por serem programas e não avatares de jogadores do mundo real, se tornaram verdadeiras agentes da matrix, tinham o poder de refazer aquele mundo da maneira que achassem melhor. Esse mundo cibernético, como já citado acima, com forte influência de filmes como Tron e Matrix, que eu definiria como uma união dos dois teve um desenvolvimento incrível ao longo da série e talvez tenha sido a única trama realmente boa deste seriado que teve apenas 18 episódios e que, aposto, será recriada em outros seriados no futuro próximo. A vida como um videogame, uma excelente sacada dos criadores desta série.
Eu não diria que houve injustiça no cancelamento desta série com apenas uma temporada, mas foi um pecado que não um desenvolvimento na história desta série para uma segunda temporada. Pelo que apresentou, principalmente nos últimos sete episódios, Caprica certamente merecia uma conclusão melhor do que o que foi apresentado nos cinco minutos finais de seu series finale.
Avaliação final (Notas de O a 10):
História: 2
Seria um zero redondo se não houvesse a trama de New Cap City. Simplesmente maçante. Poderiam ter usado os mesmos roteiros em Desperate Housewifes que ninguém iria notar a diferença.  
Efeitos Especiais: 9
Toda a série foi filmada em fundos de tela verde. Caprica, Gemenon e New Cap City foram cidade inteiras 100% construídas em computação de maneira belíssima. A gótica cidade de New Cap City não ficou devendo nada à fictícia Sin City (A Cidade do Pecado, do filme de mesmo nome dirigido por Robert Rodríguez) assim como a própria Caprica não deve nada a Naboo de Star Wars Episódio I 
Atuações: 5
Bons atores, como o premiado Eric Stoltz (Parceiros do Crime, Efeito Borboleta e Pulp Fiction) no papel de Daniel Graystone e Sasha Roiz (O Dia Depois de Amanhã e 16 Quadras) no papel do coadjuvante Sam Adama além da jovem atriz Magda Apanowicz no papel de Lacy Rand nos fazem esperar pelo aparecimento dos atores mais do que pelas suas histórias.
Final: 3
A série tem final. Porém, esse final foi projetado para pelo menos mais três temporadas. O que se vê nos último último episódio é basicamente o resumo de uns 60 episódios em 5 minutos.
Avaliação Global: 5
Se você assistiu Battlestar Galactica, você terá que fazer uma força para assistir até o fim. A diferença é imensa, são séries completamente diferente. Se você não assistiu Galactica, é provável que goste mais desta série. Seu enredo dramático misturado com um quê futurístico tem a capacidade de apaixonar algumas pessoas.

Veja o trailer (sem legendas):

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